* PAZ, HARMONIA e AMOR *

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aspas


Por entre asas
"aspas"
emplumadas - sonhos
Vislumbra-se
o ser
Talvez seja esse
O minuto que antecede
o fruto
Mãos espalmadas
Silencio e lucidez.

Luciana Silveira

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Da lágrima


E da lágrima que brotou
Botões vermelhos surgiram
Embalados ao véu da noite
E cada canto contido
Escondido
Extraído agora
Nessa onda noturna
Onde tudo é silêncio
e descoberta
Uma luz no fim do túnel
Um beco onde há saída
Vida.

Luciana Silveira

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coração-lar


Nestes dias frios queria você aqui
Não preocupe-se não, minha mãe
É só essa necessidade de aconchego
No teu doce colo-ventre-pátria
Esse cheiro do alimento vindo de ti
Minha paz e conforto instaurados
Quando estou sob teus olhares
Plenos de luz, amor e doação
É só um fim que quero dar na solidão
Desses dias longos de inverno rígido
E uma vontade de dormir abraçada a ti
Por que mãe, um dia a gente tem que sair
De onde não devia ter deixado nunca?
Por que ter que abandonar o ninho
Deixar para de vez em quando o carinho?
A vida é assim, não é, mãe?
Ambas sabemos a importância de crescer
E aprender a se fazer o conforto de outro ser
Costurarmos essa colcha de retalhos em outras teias
Sem contudo perder o sangue de nossas veias
Mas quero dizer sem ter que chorar
E se for preciso que eu chore então
Que sempre estarei agarrada à tua mão
E dentro de ti, no coração, meu lar.

Luciana Silveira

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As árvores morrem de pé!


Já tanto caminhei,
muito conheci e vivi.
Sei dos sabores
e dissabores que a vida nos dá;
aprendi a viver!

Uma busca constante
de aperfeiçoamento
mesmo que custe sofrimento!

Luto
pela igualdade,
pela diferença
num misto de
tolerância,
compreensão
e perdão
que não têm preço para mim!

Quando partir
para além do azul
nessa estrada sem fim
quero ser como se fosse árvore;
as árvores morrem de pé!
José Manuel Brazão

A todos os que passaram pela minha existência nesta Vida!

Amigo Zé!
Creio que existe um pedacinho desse poema para esta amiga brasileira já que estou passando na tua vida rsrs.
Um lindo poema retratando um pouquinho do teu ser e do que gostarias de transformar pelos caminhos onde passas.
Mas deixa isso de morrer como árvore para outra história, ainda vais escrever muito para nosso deleite.
Belo muito belo!
Bjos
Carol
Li este poema hoje de manhã e adorei-o logo. Tive imenso prazer em o reler, agora com mais atenção. É grandioso e magnífico!
Bjs
Célia
Zé, este poema esta excelente! Um dos melhores poemas seus que li! Abraço!
Aquazulis

http://www.youtube.com/watch?v=v13uDrFEniY&feature=related 

Chuva


Chuva que não cessa
E inunda a alma
Lavas o pensamento
De quem a sente
Como fosse a semente
Que brota de cada olhar?
Chuva em gotas esparsas
Ou ventanias algozes
Lavas as mazelas
De egos dissonantes
Como fosse a tristeza
de quem não sabe amar?
Chuva que vem de dentro
Utopia viva e latente
Lavas a realidade
Desnudando máscaras
Como fosse insanidade
De quem sabe sonhar?

Luciana Silveira

sábado, 8 de dezembro de 2012

Sonho


Sonho pela vida
que não tenho,
que procuro,
e que luto
neste silêncio
que me acompanha!

Sonho
com a família
dispersa, distante,
com a saudade constante,
de um homem
que disfarça ser feliz!
Que vive angustiado,
dando amor
aos que se lembram dele,
lhe aliviam a dor,
o acarinham, o admiram,
o amam,
fazendo esquecer,
as sombras da vida!

Sonho
com a felicidade,
que bate à porta
de cada um
e que um dia
encontrará
minha porta aberta,
para viver em paz
o resto do meu caminho!

José Manuel Brazão

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-lo doce. Dificuldades
para fazê-lo forte. Tristeza para fazê-lo humano. E
esperança suficiente para fazê-lo feliz."
Clarice Lispector