* PAZ, HARMONIA e AMOR *

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Caminhamos...


Prossigo minha caminhada
Dançando no meio da mata
Nadando no rio, em cascata
Vivendo o que há para viver
Em volta, luzes apontam esse caminho
Muita ternura, amor e compreensão
Agora você habita em meu coração
Somos amigos e cúmplices nessa empreitada
O sol já me sorri
A noite já me é branda
Penduro enfeites na varanda
Para mais tarde sonhar com você
Te sentir me acalma
Te sentir me divide
Sou metade eu
E metade você.

Luciana Silveira




[...]

Abraço-te com fervor.
contemplo-te e sinto
cada vez mais amor!

Meus braços
aconchegam o teu corpo,
minhas mãos
acarinham-te,
mimam-te!

Dos teus olhos
correm lágrimas,
que recolho-as
p’ra minha memória.

Teus lábios ficam trémulos,
sorrimos, beijamo-nos,
continuamos abraçados,
como se fossemos
donos do tempo, da vida.

Os teus olhos
continuam brilhantes,
vejo-me neles…

Nossos lábios
voltam a beijar-se,
com volúpia,
com amor,
com ternura,
com loucura,
sentindo-nos partir
até ao tecto do amor!

Este amor não pára,
com momentos belos,
momentos felizes,
que ninguém nos roubará!

José Manuel Brazão

terça-feira, 13 de julho de 2010

Lua no seu esplendor


Sou da noite
Borboleta noturna
Desgarrada da flor
Tecendo ilusões
Soluções inacabadas
Inesperadas
Luz da lua
Completamente nua
Exposta em raios
Dispersa no céu
Sem prumo
Rumo ao mar
Sem porto para ancorar
Sem fim.

Luciana Silveira




[...]

Este amor
vivido
nas costas da Lua,
muito sofrido
e num silêncio
que só nós sabemos
e compreendemos!

Ninguém
nos roubará
a cumplicidade,
a paixão vivida
de um amor sem igual!

Dias angustiantes
pela saudade sentida,
noites delirantes
pelo reencontro
destes amantes,
que a Vida
os encaminhou
para este grande amor,
perturbante
mas consolador…

José Manuel Brazão

TU e EU seguimos...



Descobri que habito em mim mesma, assim descortinei o mundo lá fora...
Todos os meus zelos foram inúteis.
Toda a minha graça encoberta, agora desperta, pulsa em mim.
Não caibo em mim de tanto amor.
Não caibo nesse mundo inverso, mas humildemente o revelo.
Sigo maravilhada diante de cada descoberta.
Sigo feliz.

Luciana Silveira





Procuro sonhando
o que não encontro acordado.
Sonho com a vida
que me falta conhecer;
sonho com as pessoas
que amo em silêncio
e que quero ajudar:
amando!

Sonho com as pessoas
que me ouçam,
me entendam.

É bom sentir-me vivo,
olhando para trás
e vendo
que não posso viver
um novo começo,
mas que posso viver
um novo fim.

Sigo
a esperança
de ser feliz,
sigo …

José Manuel Brazão

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Estilhaços


Nesses longos dias estranhos
Em que ando eu sumida de mim
Apartada de antigos desejos
E de meus presentes anseios
Procuro a luz no fim do túnel
Inclinada a alguns temores
Cantando hino de louvores
Para a lua e seus tais afins
Desde quando perdi o brilho
Faltam-me versos para expressar
Durmo em praças, qualquer lugar
Menos no meu já cansado corpo
Sinto-me um ser estranho, amorfo
Sem graça, cor, cheiro ou sabor
Busco soluções entre opções
Saudosa de vontades ou paixões
Entoo um canto triste que ecoa em vão
Apagaram-se as luzes, o palco caiu
Sumiram os palhaços, a alegria partiu
Meu peito ruiu, a música silenciou
E o que fica são pequenos estilhaços
Pedaços de mim espalhados no chão
E a cola além, longe da minha mão.

Luciana Silveira



Lu
Quero-te uma mulher de esperança, a luz que ainda trazes em ti e se não conseguires, tens aqui a mão do teu incondicional amigo e companheiro de alegrias e tristezas!

Aceita a nossa mão fraterna, solidária, incondicional!

Um poeta vibra contra ventos e tempestades!

Beijo solidário do ZÉ

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dificuldade


A dificuldade sempre foi uma constante em minha vida dissonante. Desde sempre, desejo revelado, desejo consumido e consumado, desejo novo a nascer. O novo é presente mas as vezes revela medos ou náuseas.
A vida flamejante, cheinha de possibilidades e novidades sempre sempre sempre nova. A novidade vibra dentro, em mim, como o pássaro descobre sua nova rosa e suga-lhe pétalas e néctares. Muitas vezes o azedume mas nunca nunca o parar de tentar. Nunca nunca o desistir perante a dificuldade. Muitas vezes a necessidade vem como vem o novo dia e pede brilho. O medo pode despontar, desapontar, agredir, regredir mas não frear-me. E esses dias que passaram trouxeram-me estranheza mas possibilidade. Tristeza mas responsabilidade ante a precisão da luta e do podium primeiro, ou segundo, ou terceiro, mas ele lá: o podium de chegada. Com suas bandeiras e ares felizes de quem corre mas chega.

Luciana Silveira

terça-feira, 6 de julho de 2010

Angústia dum amor


Foi belo
o amor que te dei
e os momentos vividos,
que não se repetem,
apenas ficam
na memória do tempo!

Foi belo
aquele amanhecer
que gerou dentro de ti,
a paixão, o amor
nunca antes vivido
e que voou
pelo mar imenso
e nos juntou
num sentir
forte,
muito forte,
que parecia eterno!

Um eterno
enquanto durou…

Até anoitecer…

Ficam marcas
desta paixão,
deste amor original,
distante
que uniu corações
que só nós entendemos
e o destino...

José Manuel Brazão

"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
Vinicius de Moraes


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Vieste


Sinto à minha volta
a solidão.
Não a solidão
para estar só.
Mas a solidão,
de ficar só.

Apareceste,
vieste,
para não ficar tão só.

São amigos de verdade,
os poucos que me ajudam
e estão presentes,
na realidade.

Não peço muito:
é doce,
é consolador,
ter por perto
ou em pensamento,
gente com sentimento,
que dão amor,
muito amor…

Pareço não ter nada
e tenho tudo:
pão e amor!

José Manuel Brazão


Sensibilidade


Nem todas as pessoas manifestam a sensibilidade tão objectivamente quanto se espera. Só aquelas que encontram ou descobrem em si, a criatividade artística, põem ao serviço do que escrevem, do que pintam, etc... esse potencial, esse dom.

Por essa razão, vivem um pouco solitárias, à espera da inspiração sensata e verdadeira, que transmitem por palavras, com o único objectivo de divulgarem ideias, alertas e muitas vezes denunciarem o caos, as assimetrias, as desigualdades, os direitos humanos, mas também divulgarem, a paz, a harmonia e o amor.

Os que escrevemos, somos pessoas vulgares, mas com a sensibilidade muito afinada, o que leva muitos dos que nos conhecem ou nos rodeiam, a não compreenderem a nossa forma de estar na vida . Pela minha parte, sou ajudado nessa matéria por duas amigas: uma de longa data e outra que conheci através do Cantinho da Poesia e passámos a ter uma lindíssima amizade, cheia de emoções e de mútua compreensão Para se escrever é necessário viver bem com os nossos sentimentos. Ela já conhece tudo o que escrevi e, portanto, conhece bem o que sou e, porque sou.

Procuro transmitir aos leitores tudo aquilo que não vivo em plenitude, mas que gostaria de ser um bom mensageiro para os outros.

A minha amiga escreve lindamente, sobretudo, com refinada inteligência, efeito próprio da sua forte sensibilidade.

Já vivi muitos anos nesta minha passagem pela vida, mas não me canso de melhorar o produto final do meu trabalho .

Escrever, é uma forma de generosidade e, sobre esse aspecto dar-me-ei todo, enquanto as faculdades mentais mo permitirem.

José Manuel Brazão

Psicologo da Alma


Certamente não serei! Donde nasceu este título?

Uma vez em conversa com a minha querida Amiga a Poeta Luciana Silveira, ela disse-me: por tudo o que escreves és um Psicologo da Alma! Sorri porque nunca ninguém se tinha lembrado de me chamar isso. No entanto Luciana é Psicologa e como conhece a larga maioria dos meus textos na sua visão também de Poeta achou que me devia considerar assim.

Eu entendo que existe aqui gentileza e carinho da parte dela, mas todo o meu trabalho é baseado em casos da Vida de cada um de nós, escrito duma forma muito simples e apenas com momentos de emoções, reflexões, amor e amor incondicional!

Estudei de facto Psicologia e Filosofia, mas se na Poesia conseguir que os meus leitores se sintam serenos e se revejam nos textos, tudo bem; aceitarei esse nome como um dever cumprido de Escritor!

José Manuel Brazão


ALUISIO CAVALCANTE JR disse...
Caro amigo José.

Escrever dá a nós um poder especial.
Transformar pessoas com as
nossas palavras e nossos pensamentos.
Esta é a vontade das nossas palavras,
independentemente da nossa vontade.
Assim encontram e alimentam sentidos.

Que a vida esteja plena em ti.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amor no meu silêncio!


Sofro,
com este amor,
vivido
no meu silêncio!

Amo
como nunca amei...
Por me sentir só?
Não...
Porque não tenho a rosa,
a rosa vermelha!

Tantas rosas conheci
e só esta
eu admiro
e amo!

No silêncio,
sinto o seu aroma,
vejo a sua cor:
de vida ...
o seu olhar generoso:
mas que me dá
o afecto, o amor!

É bela a paixão,
mas tem dor,
aperta o meu coração!

Estou
neste amor
Vivido em silêncio,
até partir
na minha ascensão...

José Manuel Brazão