Fecho meus olhos, por dentro, você Sinto a imensidão do nosso amor Agora a vagar Mas, de onde vem esse doce mistério, ainda a brilhar? Fusão de duas almas sedentas a se desejar Sentimentos que não se esgarçam com o tempo, com o vento Quem dirá, com um contratempo? O tempo, senhor de todas as razões O fará recordar... Nossos corações, para sempre unidos Jamais serão banidos ou iludidos Percorro caminhos, solitários, recordando Suas marcas, as linhas de seu corpo, minhas amarras O meu sofrimento, ainda ele é belo e calmo, e leve Porque, meu amor, ainda agora estás aqui Impresso em meu corpo ainda quente por ti A sedução impressa em suas doces palavras Que me disseste só para eu poder amá-las E para sempre guardá-las Ainda soam suaves e enérgicas em meus ouvidos Nossos corpos próximos, sempre nus O arfar de nossa respiração ao desejarmo-nos O vai-e-vem desenfreado, a alma exposta E a explosão imensa ao gozarmos O desejo, altar maior, que não se aquieta mas apenas descansa e desperta Os longos beijos, as línguas a dançar Provocando a fusão de nossas almas A fome, a sede, a faca e o queijo nas mãos Suas mãos a percorrer meu corpo em frenesi Rostos em êxtase de pura paixão Seu corpo, Meu Amor, minha morada Seu rosto, Meu Querido, meu espelho Sua alma, Meu Bem, meu repouso Seu ventre, Meu Devasso, meu gozo Como pode acontecer de apartar Se meu corpo ainda está a clamar Se minhas veias ainda a fervilhar Se minhas teias estão a rogar Se meu sexo ainda a molhar Se minha saudade vive a me rondar Se sua ausência presente a me provocar Não me abandones, encanto meu Pois és a inspiração para meus versos E minhas pobres rimas E amanhece, anoitece Fecho meus olhos, por dentro, você E volto a sonhar. Luciana Silveira
Amigo José, belo poema lírico, sensual, romântico... A Luciana tem talento.
ResponderEliminarUm abraço. Tenhas um belo fim de semana.