* PAZ, HARMONIA e AMOR *

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Primavera


A primavera inunda de luz minha vida
Com seus perfumes exóticos
Alucina meus seis sentidos
Aguça minha sensibilidade
Tal qual  beija-flor sugando rosas
Borboleta bailando singela
Leva e eleva meu pensamento
E, delicadamente
Sem tormento
Desfaleço-me ao sabor do vento...

Luciana Silveira

sábado, 15 de setembro de 2012

Reencontro com a Paz!




Suspirámos
no tempo,
a busca dessa paz,
que nos fugia,
quando antes
permanecia em nós!

Buscámos
no tempo,
a razão dessa ausência!

Lutámos
no tempo,
pela sua reconquista!

Reencontrámos
neste tempo,
tu como anjo meu
e eu como anjo teu,
essa paz rejuvenescida
com tudo que a compõe:
a compreensão,
a tolerância,
a amizade,
tudo
com muito amor!

Um encanto que voltou
por uma esperança
nunca perdida,
porque ficaram em nós,
as raízes desse amor!

José Manuel Brazão


[....]

Busco em meu recanto
O breve arfar de asas
Pouso em nuvem branda
O céu invade meu ser
Inundando a alma de azul
Nos caminhos que traço
Sigo os passos que deixei
Todos eles no encalço
Desse amor neon-brilho
E tudo é muito intenso
Lá fora e dentro do peito
Momentos mágicos repartidos
Nossos corpos entrelaçados
Eternizando o momento fugidio
Um amor assim é êxtase
O apogeu da compreensão
É o âmago da paixão
Espelho, graça e gratidão
Um amor assim: todo ele doação
Repouso sobre minhas lembranças
Relíquias de esperança
E me ponho a esperar.

Luciana Silveira

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O silêncio


Tempos de falar, horas de calar
O que se fala é algo incomum
Tempo seco, substancial
Sementes guardadas
Futuramente depositadas
Em solo propício
Pensamento flutuante
Mas pés descalços
Na terra.

Luciana Silveira

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Até quando Poeta?


Tantos momentos
em que  pergunto a mim
até quando?

Escrevi muitos poemas
com o coração cheio de amor
para a Mulher que amei muito!

Ela sonhou, viveu
e pelo futuro ser incerto
também sofreu
e eu
em minhas palavras
evidenciava o sentimento
desse sofrimento!

Foi a flor dos meus poemas,
a musa que me inspirou
e que me fez criar encanto!

Penso sempre
que estes são os últimos versos,
mas logo  vejo
que são os primeiros dos últimos.

Hoje a inspiração tem outro caminho:
a lembrança, a saudade,
que nos encanta e desencanta,
porque tudo está longe,
os corpos, as cidades,
 o querer e não poder!

Fica a esperança
de um dia também incerto
- só Deus sabe –
nos encontrarmos como almas
num local divino,
que nos levará ao perdão na Vida!

José Manuel Brazão




quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O encontro


Hoje saí da cama mais cedo,
( No rosto, estranho desejo)
Olhei-me no espelho
Com ternura e horror
Saí da casca retorcida
E fui para a rua bailar

Sorvi todas as migalhas
( Instauradas no chão-alma)
Percorri vários caminhos
Pecados e amores trilhados
Deslizei leve com o vento,
Despi-me de todo tormento

Água derramou-se no rosto,
( Levando embora o desgosto)
Fui beber todos os males,
Procurar por perto outros ares
Dentro do ponto fugidio
O centro do delírio-naufrágio

Aproximei-me devagarinho do Eu
( Lucidez de quem é insano)
Soltei a matilha de lobas a uivar
Senti-me bela, iluminada pelo luar
Distraída, tinha ido me encontrar
E amei cada pedaço de mim

Julho.2010
Luciana Silveira


Lágrima


Água pura que me invade
Liberando emoções reprimidas
Tradução do que sinto
Esperada ou não
Me distorce
Me enfraquece
Me ajuda
Escorre em minha face
Corpo e mente envolvidos
Nessa magia que me cala
E me atrai...
Ora surge na tristeza
Ora na alegria
Sempre benvinda
Me engole, sou frágil
Lágrima que me despe
E me desperta para a vida
Me ajudando a me encontrar.

Luciana Silveira

[....]

Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por seres generosa,
uma pedra preciosa
a decorar o meu coração!

Quando penso
e penso em ti,
vem o sonho duma paixão,
sonhada, mas por viver!

Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por ver
não estares ao pé de mim!

Apenas sonho
e vem a lágrima…

José Manuel Brazão

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&hl=pt-PT&v=rkAl6xt2AdE 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Poeta, minha Poeta!

Tua poesia é um jardim
que me encanta e invade minha alma
e de teu coração saltam palavras
de tua alma vêm flores
com um aroma especial
de grande carinho e amor,
que eu abraço
e meu coração pulsa
como coração poeta
provocando em mim
poemas e mais poemas,
para a Poeta e a Mulher,
que já vivem em meu corpo e alma
e serão momentos de intenso amor
por ti querido, sentido
e por mim desejado
num tempo que é o nosso “mundo”
sonhado, prometido
e agora concretizado!

José Manuel Brazão


* Quando vejo neste “mundo poético” grandes talentos retirarem-se desta vida activa fico triste muito triste e sinto um vazio na minha alma de poeta! *

domingo, 2 de setembro de 2012

Reflexo



Não há luz senão refletida pelos olhos de quem a vê
Tantos são os que caminham tateando a escuridão
Caminho em direção contrária ao vento
Busco paz, busco alento
Dias difíceis mas entes dóceis a me consolar
O mistério da vida a sondar-me as portas da reflexão
Estrela longíqua a bailar no céu
Refletindo em meu rosto sua ofuscante luz
A ela me agarro como a um raio de sol
Sol penetrante a me amparar
Seus raios dourados a me embalar
Amor, muito amor é o que preciso
Amor, muito amor é o que tenho a oferecer
Para quem o merecer
E o reflexo naturalmente se fará

Luciana Silveira


[...]


Pressinto e sinto
que ainda existe
em mim
muito amor para eu dar!

Nunca desistirei,
nunca,
até ao sorriso final
de ser um reflexo de mim
perante os que me amam!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Espelhos


Mirei em teu espelho
Por dentro, me vejo
E será esse meu segredo
Aquele que se expõe
Grita, gira o mundo
E volta sempre pra ti
Marco em minha mente
Teu beijo de serpente
Pronto pra me devorar
Sorvo cada semente
Desmedidamente de ti
E transcendemos
Quebramos os espelhos
enfim.
Luciana Silveira


[....]

Espelho-me em ti,
viajo pelo teu corpo,
beijo-te com fervor
pelo amor
que me entregas,
pelas sementes
que existem em ti
e perdidos
Quebramos os espelhos
enfim.
José Manuel Brazão



Sedentos para amar!



Nestes dias em que aproximas
o teu eu de encontro ao meu
entro no encanto da sedução
então
seduzida e entregue
corpo e alma leves
plenas de vida e emoção
Quisera ter dito as palavras
impressas na mente
perdidas na nossa pressa
todas as palavras
desde o olhar ao toque
do beijo à tentação
do perigo ao desconhecido
inconseqüências
sempre tão carregadas de urgência
então partindo do desconhecido
ao gosto do já sentido
vivido
tatuado em nossos corpos
cansados de resistir
quero apenas te amar, sentir
nossos corações carentes compassados
tudo isso parece-me agora
resgatado
palavras são indizíveis
e bem sabem os amantes
que nesse instante
a junção das almas é etérea
eterna
nossas palavras descomedidas
incandescentes
as veias efervescentes
novamente os fenômenos caloríficos em mim
Passou muito tempo
e no entanto
não passou tempo algum
o que está perto consigo ver
às vezes entendo
noutras compreendo
mas sempre apreendo
relíquias do raro
nossas almas e nossos corpos
sabem que o amor é além
e quando muito tempo distantes
ficam dissonantes
preparam-se os abraços, os afagos
carícias guardadas num potinho de ouro
para nossos momentos de êxtase
então
consuma-me
e que seus braços me estenda
e que sua voz me conduza e acalante
para que seu membro vibrante
penetre novamente minha alma
sedenta de ti
e enfim
suaves ondas após o maremoto
nos conduzirão à terra prometida
você entregando suas palavras
só para que eu possa amá-las.

Luciana Silveira


[....]


Não me deixas ficar mais assim...
Ansioso como estou
por te ter,
com o teu coração
explodindo desejo,
pelos meus versos
escorrendo amor
que percorrem
todos os pedaços
do teu corpo
da tua alma,
enfim …
com a tua vontade
de me querer agora,
dou-te tudo …
o amor …
este amor louco,
que me provocas
com a tua sede de me beber!

Dou-te tudo …
o que me pedires,
até me sentir dentro de ti!

José Manuel Brazão