* PAZ, HARMONIA e AMOR *

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dificuldade


A dificuldade sempre foi uma constante em minha vida dissonante. Desde sempre, desejo revelado, desejo consumido e consumado, desejo novo a nascer. O novo é presente mas as vezes revela medos ou náuseas.
A vida flamejante, cheinha de possibilidades e novidades sempre sempre sempre nova. A novidade vibra dentro, em mim, como o pássaro descobre sua nova rosa e suga-lhe pétalas e néctares. Muitas vezes o azedume mas nunca nunca o parar de tentar. Nunca nunca o desistir perante a dificuldade. Muitas vezes a necessidade vem como vem o novo dia e pede brilho. O medo pode despontar, desapontar, agredir, regredir mas não frear-me. E esses dias que passaram trouxeram-me estranheza mas possibilidade. Tristeza mas responsabilidade ante a precisão da luta e do podium primeiro, ou segundo, ou terceiro, mas ele lá: o podium de chegada. Com suas bandeiras e ares felizes de quem corre mas chega.

Luciana Silveira

terça-feira, 6 de julho de 2010

Angústia dum amor


Foi belo
o amor que te dei
e os momentos vividos,
que não se repetem,
apenas ficam
na memória do tempo!

Foi belo
aquele amanhecer
que gerou dentro de ti,
a paixão, o amor
nunca antes vivido
e que voou
pelo mar imenso
e nos juntou
num sentir
forte,
muito forte,
que parecia eterno!

Um eterno
enquanto durou…

Até anoitecer…

Ficam marcas
desta paixão,
deste amor original,
distante
que uniu corações
que só nós entendemos
e o destino...

José Manuel Brazão

"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
Vinicius de Moraes


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Vieste


Sinto à minha volta
a solidão.
Não a solidão
para estar só.
Mas a solidão,
de ficar só.

Apareceste,
vieste,
para não ficar tão só.

São amigos de verdade,
os poucos que me ajudam
e estão presentes,
na realidade.

Não peço muito:
é doce,
é consolador,
ter por perto
ou em pensamento,
gente com sentimento,
que dão amor,
muito amor…

Pareço não ter nada
e tenho tudo:
pão e amor!

José Manuel Brazão


Sensibilidade


Nem todas as pessoas manifestam a sensibilidade tão objectivamente quanto se espera. Só aquelas que encontram ou descobrem em si, a criatividade artística, põem ao serviço do que escrevem, do que pintam, etc... esse potencial, esse dom.

Por essa razão, vivem um pouco solitárias, à espera da inspiração sensata e verdadeira, que transmitem por palavras, com o único objectivo de divulgarem ideias, alertas e muitas vezes denunciarem o caos, as assimetrias, as desigualdades, os direitos humanos, mas também divulgarem, a paz, a harmonia e o amor.

Os que escrevemos, somos pessoas vulgares, mas com a sensibilidade muito afinada, o que leva muitos dos que nos conhecem ou nos rodeiam, a não compreenderem a nossa forma de estar na vida . Pela minha parte, sou ajudado nessa matéria por duas amigas: uma de longa data e outra que conheci através do Cantinho da Poesia e passámos a ter uma lindíssima amizade, cheia de emoções e de mútua compreensão Para se escrever é necessário viver bem com os nossos sentimentos. Ela já conhece tudo o que escrevi e, portanto, conhece bem o que sou e, porque sou.

Procuro transmitir aos leitores tudo aquilo que não vivo em plenitude, mas que gostaria de ser um bom mensageiro para os outros.

A minha amiga escreve lindamente, sobretudo, com refinada inteligência, efeito próprio da sua forte sensibilidade.

Já vivi muitos anos nesta minha passagem pela vida, mas não me canso de melhorar o produto final do meu trabalho .

Escrever, é uma forma de generosidade e, sobre esse aspecto dar-me-ei todo, enquanto as faculdades mentais mo permitirem.

José Manuel Brazão

Psicologo da Alma


Certamente não serei! Donde nasceu este título?

Uma vez em conversa com a minha querida Amiga a Poeta Luciana Silveira, ela disse-me: por tudo o que escreves és um Psicologo da Alma! Sorri porque nunca ninguém se tinha lembrado de me chamar isso. No entanto Luciana é Psicologa e como conhece a larga maioria dos meus textos na sua visão também de Poeta achou que me devia considerar assim.

Eu entendo que existe aqui gentileza e carinho da parte dela, mas todo o meu trabalho é baseado em casos da Vida de cada um de nós, escrito duma forma muito simples e apenas com momentos de emoções, reflexões, amor e amor incondicional!

Estudei de facto Psicologia e Filosofia, mas se na Poesia conseguir que os meus leitores se sintam serenos e se revejam nos textos, tudo bem; aceitarei esse nome como um dever cumprido de Escritor!

José Manuel Brazão


ALUISIO CAVALCANTE JR disse...
Caro amigo José.

Escrever dá a nós um poder especial.
Transformar pessoas com as
nossas palavras e nossos pensamentos.
Esta é a vontade das nossas palavras,
independentemente da nossa vontade.
Assim encontram e alimentam sentidos.

Que a vida esteja plena em ti.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amor no meu silêncio!


Sofro,
com este amor,
vivido
no meu silêncio!

Amo
como nunca amei...
Por me sentir só?
Não...
Porque não tenho a rosa,
a rosa vermelha!

Tantas rosas conheci
e só esta
eu admiro
e amo!

No silêncio,
sinto o seu aroma,
vejo a sua cor:
de vida ...
o seu olhar generoso:
mas que me dá
o afecto, o amor!

É bela a paixão,
mas tem dor,
aperta o meu coração!

Estou
neste amor
Vivido em silêncio,
até partir
na minha ascensão...

José Manuel Brazão

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Meu pai distante


Viveste tão perto de mim,
mas foste um pai distante!

Desde a minha juventude,
Senti essa atitude!

Parecias esconder o Amor,
ou não saberias,
Quanto eu precisava de ti?

Eras um pai respeitado
e amado.

Eu existia,
mas vivia angustiado,
sem saber
se era um filho amado!

Partiste!

Onde te encontras,
espera por mim,
porque já aprendeste,
o que é:
um filho pouco amado
ou um pai distante!

[b]José Manuel Brazão
[/b]

MÃE - Doce Lar


Nestes dias frios queria você aqui
Não preocupe-se não, minha mãe
É só essa necessidade de aconchego
No teu doce colo-ventre-pátria
Esse cheiro do alimento vindo de ti
Minha paz e conforto instaurados
Quando estou sob teus olhares
Plenos de luz, amor e doação
É só um fim que quero dar na solidão
Desses dias longos de inverno rígido
E uma vontade de dormir abraçada a ti
Por que mãe, um dia a gente tem que sair

De onde não devia ter deixado nunca?
Por que ter que abandonar o ninho
Deixar para de vez em quando o carinho?
A vida é assim, não é, mãe?
Ambas sabemos a importância de crescer
E aprender a se fazer o conforto de outro ser
Costurarmos essa colcha de retalhos em outras teias
Sem contudo perder o sangue de nossas veias
Mas quero dizer sem ter que chorar
E se for preciso que eu chore então
Que sempre estarei agarrada à tua mão
E dentro de ti, no coração, meu lar.

Luciana Silveira







Desde que partiste,
minha Mãe,
Ivone, Mãe querida
raro é o dia:
que não te pressinta,
não te sinta,
que não te recorde,
que não te tenha presente.
Para outros
estás ausente!

Quanto mais tempo passa,
mais recorro a ti
meu anjo da guarda
de todos os dias
da minha Vida!

Deste muito amor
e pouco recebeste!

Serás recompensada,
muito iluminada,
minha Mãe,

Ivone, Mãe querida
de todos os dias…

José Manuel Brazão

A nossa SAUDADE por elas é um sentimento tão forte, que SENTIMOS o seu olhar uma Aqui e outra no Além!




e como escreveu um poeta...porque mãe tem que morrer?.
sentido dueto que abraço deste lado.
bj
Eduarda

terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma vida com estrelas sem céu!


Quis parar neste tempo,
olhar pela sua memória
e recordar tempos de outrora,
de passado recente,
tempos de agora!

Vi muitas estrelas na vida,
que brilhavam
iluminando meu corpo e alma
e outras apenas meu corpo.

Foi um desfile constante
em muitas noites de luar,
mas algumas
Não brilhavam como outras!

Passou tempo...
E hoje entendo
que já não brilhavam,
porque se escondiam
com vergonha
do mal que me fizeram...

Afinal
eram estrelas sem céu!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pudesse eu escrever...


Escrevi,
escrevi muito.

Palavras sem conta;
umas levou-as o vento,
outras andam por aí,
quem sabe…
guardadas em corações,
nalgumas emoções!

Nem tudo escrevi
nem tudo escreverei,
mas o que existe,
é Verdade,
só Verdade!

Pudesse eu escrever,
tudo o que sinto,
tudo o que eu amo …

José Manuel Brazão