* PAZ, HARMONIA e AMOR *

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Momentos por caminhos diferentes

O amor 
existe em cada um de nós!

A paixão 
leva a que o sonho,
transforme 
em realidade
o amor!

Cada coração sente-o
com mais intensidade
à descoberta da felicidade;
ou de momentos felizes!

Para nós
o que parece impossível,
não é o amor!

São os momentos,
esses momentos,
que nos amarram,
nos destroem,
até ao impossível!

Corações ardentes,
pessoas distintas,
que deixam grãos de amor,
por caminhos diferentes!

José Manuel Brazão

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Plenitude

Amanhece o dia
Amanheço
Me vejo
Ao te olhar
Contemplo
A vida entorna
Retorna
Tornamo-nos
O ciclo completa-se
Escoa a emoção
Voa
O sentir
Inominável
Somos um
Cada um
Somas

Quando miro teu olhar
A vida acontece plena
Dentro e fora de mim


Luciana Silveira

sexta-feira, 29 de março de 2013

É fruto do amor

Quis te encontrar,
que viesses até mim
e confessaste
que já lias a minha Poesia
há muito tempo!

Aí começou o desejo
de nos cruzarmos na Vida
e a Poesia nos juntou!
Vi logo em ti
uma Mulher e uma Poeta
diferentes na palavra da Vida
e na Poética!

Naquele momento
aproveitámos todos os instantes
que estavam em nós,
onde muitos conquistámos
e outros nos fugiram!

Foste a Mulher
que me compreendeu melhor
e eu fascinado vivia cego de amor
e nem tudo via em ti!

Só mais tarde
vi quanto me querias,
quanto precisavas de mim
e o tempo corria,
e nós deixámos o tempo
ser tempo e levar-nos com destino!

Hoje com o tempo já distante,
lamentamos e perguntamos,
porque estamos no coração
um do outro,
que nos lembramos para sempre,
mas trataste tão bem o fruto do amor
com quereres e sentires
e eu não fui merecedor de o provar!

Só me resta pedir o teu perdão
por não estar junto
duma Mulher e Poeta iluminadas
e uma Psicóloga da Alma;
deixa-me guardar no meu coração,
esse fruto do amor
que o conservas ainda são!

José Manuel Brazão


Porque tudo que é fruto do amor
Significa para mim pura emoção.


Luciana Silveira


* Tenho um carinho especial pela Amiga e Poeta.



sexta-feira, 15 de março de 2013

Cheiro


Tem gente que tem cheiro
De passarinho quando canta,
De sol quando acorda,
De flor quando ri.
Ao lado delas,
a gente se sente no balanço de uma rede.
Tem cheiro de gente
Que quando acorda
ri
ao lado da flor
e sente no balanço
uma rede.
Tem passarinho com cheiro de gente quando canta,
e rede com balanço e flor, e mais gente sentada ao lado
Para rir e acordar...
aaa, o cheiro de gente como encanta.
E canta enquanto encanta...
Sentada ao lado para não acordar.

Sonia Vico e Luciana Silveira - Dedicado ao dia da poesia.

domingo, 10 de março de 2013

Da lágrima


E da lágrima que brotou
Botões vermelhos surgiram
Embalados ao véu da noite
E cada canto contido
Escondido
Extraído agora
Nessa onda noturna
Onde tudo é silêncio
e descoberta
Uma luz no fim do túnel
Um beco onde há saída
Vida.

Luciana Silveira

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ausente de mim

Ando por aí num silêncio
com dor e sofrimento
na busca de ti
e da esperança...

Não te encontro,
mas sinto
a ausência-presença
através do perfume da tua alma,
como uma recordação
vivida no silêncio da noite
e no amanhecer de cada manhã!

José Manuel Brazão

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O encontro

Hoje saí da cama mais cedo,
( No rosto, estranho desejo)
Olhei-me no espelho
Com ternura e horror
Saí da casca retorcida
E fui para a rua bailar

Sorvi todas as migalhas
( Instauradas no chão-alma)
Percorri vários caminhos
Pecados e amores trilhados
Deslizei leve com o vento,
Despi-me de todo tormento

Água derramou-se no rosto,
( Levando embora o desgosto)
Fui beber todos os males,
Procurar por perto outros ares
Dentro do ponto fugidio
O centro do delírio-naufrágio

Aproximei-me devagarinho do Eu
( Lucidez de quem é insano)
Soltei a matilha de lobas a uivar
Senti-me bela, iluminada pelo luar
Distraída, tinha ido me encontrar
E amei cada pedaço de mim.

Luciana Silveira

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Infinito


No céu, as estrelas esperam
Equanto cometas vagueiam
Em busca de nosso olhar

A eternidade nos espera, amor meu
Enquanto flores abrem suas pétalas
Para nosso futuro lar enfeitar
Entendemos juntos essa harmonia
Que desfaz-se em bolhas de sabão
Juntando todos os nós e desatando-os
Um por um, restando apenas nós

E quando cai a noite nessa cidade
Tudo o que não sinto é solidão
Sinto apressado pulsar meu coração
Na espera doce do tempo em que virás
Escrevo poesias talhadas em sentimento
Enquanto vejo na lua tua imagem
E todo o resto, é pura bobagem.

Luciana Silveira

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vento



Será preciso tempo
ou mesmo o vento
para desembaraçar
seus cabelos
caracóis se perfazem
num emaranhado frenético
miscelanea de idéias
Por dentro.

Luciana Silveira

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Por dentro, você!


Fecho meus olhos, por dentro, você
Sinto a imensidão do nosso amor
Agora a vagar
Mas, de onde vem esse doce mistério, ainda a brilhar?
Fusão de duas almas sedentas a se desejar
Sentimentos que não se esgarçam com o tempo, com o vento
Quem dirá, com um contratempo?
O tempo, senhor de todas as razões
O fará recordar...
Nossos corações, para sempre unidos
Jamais serão banidos ou iludidos
Percorro caminhos, solitários, recordando
Suas marcas, as linhas de seu corpo, minhas amarras
O meu sofrimento, ainda ele é belo e calmo, e leve
Porque, meu amor, ainda agora estás aqui
Impresso em meu corpo ainda quente por ti
A sedução impressa em suas doces palavras
Que me disseste só para eu poder amá-las
E para sempre guardá-las
Ainda soam suaves e enérgicas em meus ouvidos
Nossos corpos próximos, sempre nus
O arfar de nossa respiração ao desejarmo-nos
O vai-e-vem desenfreado, a alma exposta
E a explosão imensa ao gozarmos
O desejo, altar maior, que não se aquieta
mas apenas descansa e desperta
Os longos beijos, as línguas a dançar
Provocando a fusão de nossas almas
A fome, a sede, a faca e o queijo nas mãos
Suas mãos a percorrer meu corpo em frenesi
Rostos em êxtase de pura paixão
Seu corpo, Meu Amor, minha morada
Seu rosto, Meu Querido, meu espelho
Sua alma, Meu Bem, meu repouso
Seu ventre, Meu Devasso, meu gozo
Como pode acontecer de apartar
Se meu corpo ainda está a clamar
Se minhas veias ainda a fervilhar
Se minhas teias estão a rogar
Se meu sexo ainda a molhar
Se minha saudade vive a me rondar
Se sua ausência presente a me provocar
Não me abandones, encanto meu
Pois és a inspiração para meus versos
E minhas pobres rimas
E amanhece, anoitece
Fecho meus olhos, por dentro, você
E volto a sonhar.

Luciana Silveira